
A honestidade foi me apresentada esta semana como um conjunto de princípios adequados à vivência em sociedade. Entre os quais, surgiriam então evidências de uma vivência calma, correcta, sincera, e está claro honesta. Princípios que ultimamente recompensariam o honesto e a sociedade envolta na busca de uma vida mais cristalina.
Posto isto, surgiu-me então no pensamento como poderia relacionar honestidade e regras. Demarquei-me de visões anarquistas para não cair no exagero mas continuei duvidoso quanto ao facto de que roubar, mentir, simular, enganar e outros tantos actos infiéis estariam forçosamente opostos a honestidade. E então os contextos, os cenários, as tintas os quadros… E surgiu a imagem de robin hood fugi dessa tese (já muito revista) que claramente já fora explicada. Porém mantive-me ignorante. Continuei intrigado sobre esta honestidade amarrada a uma relação entre o honesto, claro, e os demais órgãos alvo ao qual o honesto seriamente dignifica.
Foi então que mandei fora o resto dos “relativos a” e fiquei só com o honesto ou honesta, justamente. Nesse instante tantas honestas, ou honestos, me pareceram tão dúbios nos seus choros, nos seus medos, nos seus gestos, nas coragens e outros afins…
Centrei a honestidade na relação entre o honesto e si mesmo, e aí até mesmo o mais canalha dos ladrões é muitas vezes mais fiel que outros honestos… Continuei então na honestidade deste pensamento e reparei que até mesmo a espontaneidade de um sorriso e um aperto de mão pode ser mais falsa que a mentira consecutiva… E finalmente, para que a honestidade do meu devaneio não se perpetuasse, dei prioridade à falsidade das minhas conclusões, mantive-me duvidoso perante a integridade do ser honesto, e fingi que compreendi a honestidade e sua condição…..