Tuesday, January 16, 2007


A honestidade foi me apresentada esta semana como um conjunto de princípios adequados à vivência em sociedade. Entre os quais, surgiriam então evidências de uma vivência calma, correcta, sincera, e está claro honesta. Princípios que ultimamente recompensariam o honesto e a sociedade envolta na busca de uma vida mais cristalina.

Posto isto, surgiu-me então no pensamento como poderia relacionar honestidade e regras. Demarquei-me de visões anarquistas para não cair no exagero mas continuei duvidoso quanto ao facto de que roubar, mentir, simular, enganar e outros tantos actos infiéis estariam forçosamente opostos a honestidade. E então os contextos, os cenários, as tintas os quadros… E surgiu a imagem de robin hood fugi dessa tese (já muito revista) que claramente já fora explicada. Porém mantive-me ignorante. Continuei intrigado sobre esta honestidade amarrada a uma relação entre o honesto, claro, e os demais órgãos alvo ao qual o honesto seriamente dignifica.

Foi então que mandei fora o resto dos “relativos a” e fiquei só com o honesto ou honesta, justamente. Nesse instante tantas honestas, ou honestos, me pareceram tão dúbios nos seus choros, nos seus medos, nos seus gestos, nas coragens e outros afins…

Centrei a honestidade na relação entre o honesto e si mesmo, e aí até mesmo o mais canalha dos ladrões é muitas vezes mais fiel que outros honestos… Continuei então na honestidade deste pensamento e reparei que até mesmo a espontaneidade de um sorriso e um aperto de mão pode ser mais falsa que a mentira consecutiva… E finalmente, para que a honestidade do meu devaneio não se perpetuasse, dei prioridade à falsidade das minhas conclusões, mantive-me duvidoso perante a integridade do ser honesto, e fingi que compreendi a honestidade e sua condição…..

3 comments:

Anonymous said...

Foi dos textos mais bonitos que li sobre a honestidade, sobre a importância da verdade, a verdade de nós próprios, essa, face a nós, face aos outros... Demais!
Lembrou me também um pensamento de Bion: "Amor sem verdade não é mais do que uma paixão; e verdade sem amor não passa de uma crueldade".
Vamos amar! :) Com verdade...

coentros said...

" Do teu esconderijo vê, e no teu esconderijo constrói,
sai dele apenas quando puderes dar algo aos outros.
Antes, é cedo demais, muito depois, é excessivo egoísmo.
Mas mesmo esta convicção não ajuda, não sei
Como viver, não sei o que é mais moral, mais ético,
Onde intervir, para onde olhar, ouvir o quê?
Há tantas coisas que falam ao mesmo tempo"

Anonymous said...

Concordo com vc , mas o ser humano e falho,e a honestidade acaba sendo um estado de espirito,depende assim da euforia em q a situacao coloca o individo.Certo ou errado n sei.So sei q tds nos estamos sujeitos a isso.Honestidade com as coisas do coracao so Deus,nos meros mortais vivemos a base da emocao de momentos nada mais.Sendo assim tente ser honesto aos seus sentimentos talvez esse seja um acaminho proximo da ta honestidade.Mas estou a falar da honestidade em sua forma pura,e n essa imposta pelo homem na qual sao cheias de armadilhas...
Sigo o meu coracao e axo q funciona,mesmo q n seja bem visto aos olhos dos outros.