Voltei a casa.... Não a casa no sentido de lar, obviamente, mas casa na mesma. E nestes tempos a minha casa define-se em pensamentos e atitudes ambulantes que vagueiam comigo pelas ruas babilónicas que frequento. Londres a minha babilónia. O facto é que enquanto estive em casa, lar, tudo que senti, vivi e pensei não foi capaz de ser sintetizado. Todos os pensamentos provenientes de vivências atribuladas, atitudes descontroladas, dos olhares duvidosos e outros interessados, das carraspanas e outras mocas afins, dos contactos frios, mornos, quentes e escaldantes e dos demais segundos que passei por ai ficaram perdidos no tempo e sem efeito.
Agora resta-me abraçar o mar de gente que me rodeia e as diferentes cores que me envolvem. Sim quero mais, deu me ganância de gente e por enquanto sinto-me bem por aqui. Babilónia… não se vê só como o papão do mundo, como o cangalheiro terrestre, ou carroça que nos conduz ao abismo, posso vê-la como quero e bem me apetece, e por agora sabe-me a mistura, cheira-me a variadas especiarias, olha-me como espectro de cores e preenche aquele tão moderno desejo de cosmopolitismo.
1 comment:
ufa, eu que sou colada em blogs, estava a ver que este mosk não meditava mais...
londres, a tua babilonia...
a antiga babilonia era onde é hoje o actual iraque...ironia do destino...
e onde os homens, irados de poder, quiseram construir uma torre que tocasse os céus...e para nosso castigo (ou riqueza), veio Deus desdobrar e multiplicar aquele que era o único idioma, para que nao nos pudessemos mais compreender uns aos outros.
a minha babilonia é indiana e regresso a delhi em fevereiro.
depois para setembro, residencia artistica em amsterdao ou berlim (espero ainda por resposta, but i´m always very positive)
marie
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