

A semana começou tranquila, mesmo que reminiscente de um passado atribulado, desta vez estava ensinada e não íamos cair na mesma loucura. Porque da última vez tanto tempo aproveitado em trabalho, copos, trabalho, treino, copos, e mais trabalho deu no que deu, ao fim do último copo tal semana nada podia dizer, não por não ter assunto mas simplesmente porque a voz não falava. No entanto valeu a pena……
E pronto nesta segunda meditada, por entre bandas sonoras natalícias, surgiu inevitavelmente o tal tema …. Natal. Não que quisesse, aliás muito me tentei opor em expor aqui qualquer reflexão contextualizada a temas do calendário mas… não deu.
É que por aqui Natal é Natal, a bifalhada adora, e o resto da Babilónia participa avidamente ( se nao os vences junta-te a eles!). Nos Christmas brunchs lunchs dinners parties e afins, nos cânticos e refrãos natalícios, que ecoam em cada esquina da cidade surgidos duma qualquer residência (mesmo que comercial), nas vestes vermelhas muito pertinentes, nas acções salutares, como campanhas, angariações e mensagens de bom “qualquer coisa”, ou aquelas um pouco menos nobres mas do mesmo modo adequadas ao tempo, pedintes peditórios e pedinchices comerciais, sem falar nas grandes e inúmeras acções mercantis que muito engrandecem a comunicação (45 pounds please… thank you… Merry Christmas) tudo aqui respira Natal. Até mesmo os espíritos mais egoístas devem se lembrar de outros pedintes esses outros que pedem o ano inteiro e só os ouvem no Natal,…
Enfim bom Natal pensamento, e lá foi ele! Começo por comparar o que é para mim o Natal aqui no meio de tanto “jingle bell”, luz, vermelho, frio e Christmas spirit. E mesmo que pressionado pelos crescentes argumentos de que: “o Natal já não é o que era… é so capitalismo… já não há espírito” eu fui como que envolto por esse espírito e estou a curtir. Mesmo ausente de alguma reflexão religiosa, estou pensativo, mesmo carente de um espírito beneficente apetece-me dar, mas sobretudo o que me vem à cabeça neste momento é Família. E falo de família num sentido completo, família como amizade, aquela que escolhemos ou não, mas que me acompanha para todo o lado e da qual eu sinto realmente falta quando penso em casa em lar. Essa Família o que realmente dá sentido ao que eu chamo de Casa.
Assim resta-me atribuir ao Natal o que ele tem sido para mim nos últimos anos e o que será nos próximos, o valor do reencontro. Reencontrar amigos, família, casa, velhas ruas, velhos sítios, velhos hábitos, velhas mocas, velhos esquemas, enfim velhas e sempre eternas alegrias! Por isso utilizando uma expressão que não é minha e eu curti…. Ao reencontro, Vamos Amar!
Até breve....
Há abraços de graça! Também tive o Meu!